Dito de forma bastante resumida, a Miocardiopatia Hipertrófica nada mais é do que a hipertrofia (desenvolvimento excessivo) do músculo do coração.
O que poderia, para os leigos, indicar algo positivo (um coração fortalecido) é, na verdade, exatamente o oposto: o aumento da espessura do músculo cardíaco, deixa-o mais rígido e com maior dificuldade de bombear o sangue.
Condição é grave e precisa ser diagnosticada e monitorada de perto pelo especialista
A Miocardiopatia Hipertrófica é uma das principais causas de morte entre atletas jovens, uma vez que frequentemente ela não é diagnosticada, o que reforça a importância de consultas periódicas ao seu médico e a realização dos exames que ele indicar, mesmo entre os mais jovens. Lembrando que essa prática é ainda mais importante para quem for iniciar atividades físicas, ok?
Por que essa condição requer cuidados?
Porque esse aumento anormal do volume do coração pode gerar uma obstrução que afeta o fluxo sanguíneo: quando o coração trabalha movimentando as partes do músculo para bombear o sangue, esse fluxo pode ser dificultado uma vez que esbarra numa barreira na área aumentada em função desse espessamento.
Sintomas
Em primeiro lugar é importante ressaltar que essa condição é muitas vezes assintomática, o que, como dito acima, reforça a importância da avaliação periódica de sua saúde.
Em alguns casos, no entanto, podem ocorrer, sobretudo durante ou após atividades físicas, os seguintes sinais:
. Falta de ar
. Desmaios
. Dor no peito
Portanto, se você já sentiu esses sintomas ao praticar esportes é muito importante conversar com seu cardiologista, lembre-se: a cardiomiopatia hipertrófica pode causar arritmia e levar à morte súbita.
O especialista vai realizar a avaliação clínica e pedir os exames complementares, particularmente o ecocardiograma, para estabelecer o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento geralmente é medicamentoso e visa a controlar os sintomas e evitar o agravamento do caso, uma vez que não existe cura para a miocardiopatia hipertrófica. Mas esse tratamento e o acompanhamento próximo do especialista são fundamentais para prevenir uma série de eventos adversos, tais como fibrilação auricular e até uma parada cardíaca.
Nos casos mais severos, pode ser indicada cirurgia para remoção de uma parte do músculo hipertrofiado ou o cateterismo, procedimento minimamente invasivo que tem a finalidade de diminuir o volume da área hipertrofiada responsável pela obstrução.
Por fim reitero a dica já feita: é importante avaliar a saúde do seu coração mesmo sem a presença de sintomas, uma vez que existem inúmeras doenças que não apresentam sinais e por isso vão se agravando silenciosamente. Portanto, vale a pena visitar o seu médico anualmente e seguir as orientações que ele indicar, certo? Esse simples cuidado salva vidas.